Projeto de Requião vem proteger a sociedade dos notórios e históricos abusos e grosseiras manipulações da "grande imprensa". O Senador paranaense fez, praticamente em "solo", o que vários países têm feito nos últimos anos e que no Brasil, como em muitos outros casos também importantes, deixou-se de fazer: estabeleceu em lei um mecanismo de controle social sobre a comunicação.
Em período de crise, vacilação política, perda de direitos e retrocesso, a Lei Requião é um farol iluminando a rota.
Em entrevista a CartaCapital, o senador do PMDB-PR
rebate as críticas da grande imprensa ao projeto que regulamenta o
direito de resposta
Waldemir Barreto/ Agência Senado
O senador foi o autor do projeto do direito de resposta
Com a aprovação do projeto que regulamenta o direito
de resposta em veículos de comunicação, o senador Roberto Requião
(PMDB-PR) comemora uma batalha que vinha travando quase isoladamente no
Senado Federal faz quatro anos.
A primeira Lei de Imprensa no Brasil que trata do tema data de 1923, de autoria do senador Adolfo Gordo. De lá pra cá, entre interregnos de ditadura e democracia, direitos e garantias fundamentais foram ora subtraídos ora restituídos.
Com a Constituição de 1988, o artigo 5º previu o direito de resposta, mas prescindia de norma infraconstitucional para sua regulamentação.
Com a derrubada da Lei de imprensa pelo Supremo Tribunal Federal, em 2009, um vazio jurídico foi criado dificultando a defesa de quem se sentia ofendido por informação divulgada pela imprensa. Requião acredita que a imprensa terá mais cautela em divulgação de denúncias.
CartaCapital: O que muda na relação entre órgãos de comunicação e seus denunciados?
Roberto Requião: É a regulamentação do princípio constitucional do direito de resposta, que não atingirá nenhuma empresa de comunicação que se comportar dentro do princípio da ética. O código de ética do jornalismo diz que sempre deve ser ouvida a outra parte.
O meio de comunicação que publicar uma matéria - que não pode ser censurada de jeito nenhum, pois a censura é uma estupidez - e der igual espaço para o acusado se defender, nunca será atingido. Mas hoje a imprensa acusa, julga, condena e não deixa a parte falar. Não se trata de ser verdade ou não ser verdade, o que é acusação tem que ter contraditório.
CC: O que inspirou o projeto?
RR: O escândalo da Escola Base em São Paulo [Famoso caso de estudo dentro da área de jornalismo]. Em 1994, o casal Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, donos de uma escola na Aclimação- a Escola Base-, área nobre da capital paulista, foram acusados injustamente de abuso sexual de crianças. Eles foram presos e tiveram a escola destruída e pichada. A mulher morreu em 2007 e o marido em 2014.
Os processos contra os veículos de comunicação ainda correm na justiça. Um outro casal sócio da escola, que também foi preso, processa órgãos de imprensa pela forma como o caso foi divulgado. O laudo mostrou que as crianças não eram violentadas, mas sim, tiveram irritação causada pelas fraldas). Outro caso foi a acusação injusta contra o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) de ter ajudado uma pessoa a furar fila para uma cirurgia. Ele morreu sem ter o direito de se defender.
CC: Houve pressão da grande imprensa?
RR: Sim. A Abert (Associação Brasileira dos Emissoras de Rádio e Televisão) mandou representante nos gabinetes dos senadores. Pressão em cima do plenário. Teve senador que votou contra porque representa esses interesses. Na verdade estou garantido o direito ao contraditório, essência da democracia.
CC: A imprensa ficará mais cautelosa?
RR: As empresas vão pensar muito no que estão fazendo. Já pensou o Jornal Nacional ser desmentido ao vivo? Lembra do Brizola? Precisou de 5 anos para ter aquele direito de resposta. (Em 1994, o apresentador Cid Moreira teve que ler um pedido de direito de resposta ao vivo. O incidente foi considerado histórico dentro do direito e pela dimensão que teve).
Sem nenhuma lei, os órgãos de comunicação tomaram o freio nos dentes, passaram a condenar sem dar oportunidade de defesa a ninguém, defendendo seus interesses comerciais e ideológicos.
CC: A grande imprensa criticou o projeto
RR: É desespero, o esperneio. Querem consagrar o direito em chantagear todo mundo. Quem proceder com ética não será atingido pela lei. Os tempos de ferir a honra e dignidade acabaram.
La democratización vueve a seguir adelante con la Ley Requião
Prensa Ética no debe temer al Derecho de Réplica, dice Requião
La ley de Requião protege a la sociedad contra el abuso notorio e histórico y la burda manipulación de la "gran prensa". El senador de Paraná hizo, casi solo, lo que varios países han hecho en los últimos años y que en Brasil, como en muchos otros casos, también importantes, se dejó de hacer: establecer en ley un mecanismo de control social para la comunicación.
En tiempos de crisis, de vacilación política, de pérdida de derechos y de retroceso, la Ley Requiao es un faro que ilumina el camino.
En entrevista, el senador del PMDB-PR rebaja críticas por parte de la "gran prensa" para la ley que regula el derecho a la réplica.
Con la aprobación de la ley que regula el derecho a la réplica en los medios de comunicación, el senador Roberto Requião (PMDB-PR) conmemora una batalla que ha estado luchando casi solo en el Senado hace cuatro años.
La primera ley de prensa en Brasil data de 1923, presentada por el Senador Adolfo Gordo. Desde entonces, entre períodos democráticos y dictatoriales, los derechos y garantías fundamentales se los llevaron y regresaron algunas veces.
Con la Constitución de 1988, el artículo 5 estableció el derecho de réplica, pero no había ninguna ley para su regulación.
Con el derrocamiento de la ley de prensa por el Tribunal Supremo en 2009, un vacío legal fue creado dificultando la defensa de aquellos que se sintieron ofendidos por la información publicada por la prensa. Requiao cree que la prensa será más cautelosa en los informes y declaraciones.
¿Qué cambios hay en la relación entre los medios de comunicación y las personas mencionadas?
Roberto Requião: Es la regulación del principio constitucional del derecho de réplica, que no llegará a ninguna empresa de comunicaciones que se comporte dentro del principio de la ética. El código de ética del periodismo dice que siempre debe ser escuchada la otra parte.
El medio de comunicación que publica un artículo - que no puede ser prohibido en absoluto, porque silenciar la prensa es muy estúpido - y da el mismo espacio al inculpado para que se defienda, nunca será alcanzado. Pero hoy la prensa acusa, juzga, condemna y no deja que hable la otra parte. No importa si es verdad o no, la persona inculpada tiene que poder defenderse y hablar lo que le importe.
¿Qué hechos inspiraron a la ley?
RR: El escándalo de la escuela Base, en Sao Paulo [estudio de caso famoso en el campo del periodismo]. En 1994, la pareja Icushiro Shimada y Maria Aparecida Shimada, los propietarios de una escuela en Aclimação -Escuela Base- zona privilegiada de São Paulo, fueron falsamente acusados de abuso sexual de niños. Fueron detenidos y tuvieron destruida y cubierta de protestas y maldiciones la escuela. La mujer murió en 2007 y su esposo en 2014.
Los casos contra los medios de comunicación todavía se ejecutan en la justicia. Otra pareja también dueña de la escuela, que también fue arrestada, procesa las organizaciones de noticias por la forma en que el caso fue publicado. El informe de los expertos mostró que los niños no fueron violados, sino que había irritación causada por los pañales. Otro caso fue la injusta acusación contra el senador Luiz Henrique (PMDB-SC) por haber ayudado a una persona a adelantarse irregularmente en la cola para una cirugía. Murió sin derecho a defenderse.
No hubo presión por parte de la gran prensa?
RR: Sí. Abert (Asociación Brasileña de Radio y Televisión) envió representante a las oficinas de los senadores. Hubo presión sobre el pleno del senado. Hubo senador que votó en contra porque representa a estos intereses. En realidad estoy garantizando el derecho al contradictorio, la esencia de la democracia.
La prensa será más cautelosa?
Las empresas van a pensar largo y tendido sobre lo que están haciendo. ¿Has considerado el Diario Nacional desmentirse en vivo y en directo? Recuerdas Brizola? Fueron necesarios cinco años para que el tuviera ese derecho de réplica. (En 1994, el presentador Cid Moreira tuvo que leer una solicitaci[on judicial a derecho a respuesta. El incidente fue considerado histórico dentro de la ley y por la dimensión que tenía).
Sin ninguna ley, los medios de comunicación se tomaron los frenos entre los dientes y empezaron a condemnar sin dar la oportunidad a la defensa a cualquier persona, tratando unicamente de sus intereses comerciales e ideológicos.
Los principales medios de comunicación criticaron el proyecto!
Es la desesperación, el intento de desfigurar a la nueva ley. Ellos quieren consagrar el derecho a chantajear a todos. El que trabaje de manera ética no se verá afectado por la ley. Los tiempos de lastimar al honor y a la dignidad de la gente se acabaron.
http://barcelona.indymedia.org/newswire/index.php
A primeira Lei de Imprensa no Brasil que trata do tema data de 1923, de autoria do senador Adolfo Gordo. De lá pra cá, entre interregnos de ditadura e democracia, direitos e garantias fundamentais foram ora subtraídos ora restituídos.
Com a Constituição de 1988, o artigo 5º previu o direito de resposta, mas prescindia de norma infraconstitucional para sua regulamentação.
Com a derrubada da Lei de imprensa pelo Supremo Tribunal Federal, em 2009, um vazio jurídico foi criado dificultando a defesa de quem se sentia ofendido por informação divulgada pela imprensa. Requião acredita que a imprensa terá mais cautela em divulgação de denúncias.
CartaCapital: O que muda na relação entre órgãos de comunicação e seus denunciados?
Roberto Requião: É a regulamentação do princípio constitucional do direito de resposta, que não atingirá nenhuma empresa de comunicação que se comportar dentro do princípio da ética. O código de ética do jornalismo diz que sempre deve ser ouvida a outra parte.
O meio de comunicação que publicar uma matéria - que não pode ser censurada de jeito nenhum, pois a censura é uma estupidez - e der igual espaço para o acusado se defender, nunca será atingido. Mas hoje a imprensa acusa, julga, condena e não deixa a parte falar. Não se trata de ser verdade ou não ser verdade, o que é acusação tem que ter contraditório.
CC: O que inspirou o projeto?
RR: O escândalo da Escola Base em São Paulo [Famoso caso de estudo dentro da área de jornalismo]. Em 1994, o casal Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, donos de uma escola na Aclimação- a Escola Base-, área nobre da capital paulista, foram acusados injustamente de abuso sexual de crianças. Eles foram presos e tiveram a escola destruída e pichada. A mulher morreu em 2007 e o marido em 2014.
Os processos contra os veículos de comunicação ainda correm na justiça. Um outro casal sócio da escola, que também foi preso, processa órgãos de imprensa pela forma como o caso foi divulgado. O laudo mostrou que as crianças não eram violentadas, mas sim, tiveram irritação causada pelas fraldas). Outro caso foi a acusação injusta contra o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) de ter ajudado uma pessoa a furar fila para uma cirurgia. Ele morreu sem ter o direito de se defender.
CC: Houve pressão da grande imprensa?
RR: Sim. A Abert (Associação Brasileira dos Emissoras de Rádio e Televisão) mandou representante nos gabinetes dos senadores. Pressão em cima do plenário. Teve senador que votou contra porque representa esses interesses. Na verdade estou garantido o direito ao contraditório, essência da democracia.
CC: A imprensa ficará mais cautelosa?
RR: As empresas vão pensar muito no que estão fazendo. Já pensou o Jornal Nacional ser desmentido ao vivo? Lembra do Brizola? Precisou de 5 anos para ter aquele direito de resposta. (Em 1994, o apresentador Cid Moreira teve que ler um pedido de direito de resposta ao vivo. O incidente foi considerado histórico dentro do direito e pela dimensão que teve).
Sem nenhuma lei, os órgãos de comunicação tomaram o freio nos dentes, passaram a condenar sem dar oportunidade de defesa a ninguém, defendendo seus interesses comerciais e ideológicos.
CC: A grande imprensa criticou o projeto
RR: É desespero, o esperneio. Querem consagrar o direito em chantagear todo mundo. Quem proceder com ética não será atingido pela lei. Os tempos de ferir a honra e dignidade acabaram.
La democratización vueve a seguir adelante con la Ley Requião
Prensa Ética no debe temer al Derecho de Réplica, dice Requião
La ley de Requião protege a la sociedad contra el abuso notorio e histórico y la burda manipulación de la "gran prensa". El senador de Paraná hizo, casi solo, lo que varios países han hecho en los últimos años y que en Brasil, como en muchos otros casos, también importantes, se dejó de hacer: establecer en ley un mecanismo de control social para la comunicación.
En tiempos de crisis, de vacilación política, de pérdida de derechos y de retroceso, la Ley Requiao es un faro que ilumina el camino.
En entrevista, el senador del PMDB-PR rebaja críticas por parte de la "gran prensa" para la ley que regula el derecho a la réplica.
Con la aprobación de la ley que regula el derecho a la réplica en los medios de comunicación, el senador Roberto Requião (PMDB-PR) conmemora una batalla que ha estado luchando casi solo en el Senado hace cuatro años.
La primera ley de prensa en Brasil data de 1923, presentada por el Senador Adolfo Gordo. Desde entonces, entre períodos democráticos y dictatoriales, los derechos y garantías fundamentales se los llevaron y regresaron algunas veces.
Con la Constitución de 1988, el artículo 5 estableció el derecho de réplica, pero no había ninguna ley para su regulación.
Con el derrocamiento de la ley de prensa por el Tribunal Supremo en 2009, un vacío legal fue creado dificultando la defensa de aquellos que se sintieron ofendidos por la información publicada por la prensa. Requiao cree que la prensa será más cautelosa en los informes y declaraciones.
¿Qué cambios hay en la relación entre los medios de comunicación y las personas mencionadas?
Roberto Requião: Es la regulación del principio constitucional del derecho de réplica, que no llegará a ninguna empresa de comunicaciones que se comporte dentro del principio de la ética. El código de ética del periodismo dice que siempre debe ser escuchada la otra parte.
El medio de comunicación que publica un artículo - que no puede ser prohibido en absoluto, porque silenciar la prensa es muy estúpido - y da el mismo espacio al inculpado para que se defienda, nunca será alcanzado. Pero hoy la prensa acusa, juzga, condemna y no deja que hable la otra parte. No importa si es verdad o no, la persona inculpada tiene que poder defenderse y hablar lo que le importe.
¿Qué hechos inspiraron a la ley?
RR: El escándalo de la escuela Base, en Sao Paulo [estudio de caso famoso en el campo del periodismo]. En 1994, la pareja Icushiro Shimada y Maria Aparecida Shimada, los propietarios de una escuela en Aclimação -Escuela Base- zona privilegiada de São Paulo, fueron falsamente acusados de abuso sexual de niños. Fueron detenidos y tuvieron destruida y cubierta de protestas y maldiciones la escuela. La mujer murió en 2007 y su esposo en 2014.
Los casos contra los medios de comunicación todavía se ejecutan en la justicia. Otra pareja también dueña de la escuela, que también fue arrestada, procesa las organizaciones de noticias por la forma en que el caso fue publicado. El informe de los expertos mostró que los niños no fueron violados, sino que había irritación causada por los pañales. Otro caso fue la injusta acusación contra el senador Luiz Henrique (PMDB-SC) por haber ayudado a una persona a adelantarse irregularmente en la cola para una cirugía. Murió sin derecho a defenderse.
No hubo presión por parte de la gran prensa?
RR: Sí. Abert (Asociación Brasileña de Radio y Televisión) envió representante a las oficinas de los senadores. Hubo presión sobre el pleno del senado. Hubo senador que votó en contra porque representa a estos intereses. En realidad estoy garantizando el derecho al contradictorio, la esencia de la democracia.
La prensa será más cautelosa?
Las empresas van a pensar largo y tendido sobre lo que están haciendo. ¿Has considerado el Diario Nacional desmentirse en vivo y en directo? Recuerdas Brizola? Fueron necesarios cinco años para que el tuviera ese derecho de réplica. (En 1994, el presentador Cid Moreira tuvo que leer una solicitaci[on judicial a derecho a respuesta. El incidente fue considerado histórico dentro de la ley y por la dimensión que tenía).
Sin ninguna ley, los medios de comunicación se tomaron los frenos entre los dientes y empezaron a condemnar sin dar la oportunidad a la defensa a cualquier persona, tratando unicamente de sus intereses comerciales e ideológicos.
Los principales medios de comunicación criticaron el proyecto!
Es la desesperación, el intento de desfigurar a la nueva ley. Ellos quieren consagrar el derecho a chantajear a todos. El que trabaje de manera ética no se verá afectado por la ley. Los tiempos de lastimar al honor y a la dignidad de la gente se acabaron.
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